Este artigo apresenta a performance art como um fazer artístico cuja novidade reside no modo específico pelo qual ela se realiza: através de um fluxo de interações entre artistas, públicos, produtores, políticas públicas e, especialmente, em espaços não-tradicionais de arte (ruas, espaços públicos em geral). A realização da performance corresponde, no artigo, a sua sustentação numa duração como evento ao vivo. Registros fotográficos desse processo integram o texto. As informações de base empírica foram reunidas em trabalho de campo na Bahia (Salvador, Lençóis e Porto Seguro) e em Brasília. Do ponto de vista teórico, a argumentação alinha-se com os novos desdobramentos da sociologia da arte, a qual mostra insuficiências em relação ao objeto tratado, o que levou a pesquisa a pensamentos oriundos de fora da área, na própria sociologia, na antropologia e na filosofia, no que esta tem recentemente oferecido como recursos às ciências sociais.